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Mulher explica vídeo com pastor mirim Miguel Oliveira

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Mulher curada de câncer por pastor mirim rompe o silêncio e explica vídeo viral

Tá em alta! Após dias de polêmica nas redes sociais e debates acalorados sobre fé, milagres e responsabilidade religiosa no mundo gospel, Kelly, a mulher que teve um vídeo viral com o pastor mirim Miguel Oliveira, se pronunciou publicamente pela primeira vez. Ela esclareceu os detalhes do episódio que gerou confusão, em especial a interpretação de que o jovem pastor teria rasgado documentos médicos durante um suposto “ato de cura”.

Em sua fala, Kelly destacou que o vídeo foi mal interpretado por muitos internautas e que o gesto do adolescente foi simbólico, e não uma intervenção direta ou responsável pela cura. O caso trouxe discussões sobre fé, curas espirituais, exposição de menores nas redes e o papel das igrejas no acolhimento de pessoas com doenças graves.

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O vídeo que causou polêmica e a reação do público

O vídeo viral mostra o pastor mirim Miguel Oliveira, de apenas 14 anos, durante um culto na igreja de Alphaville, chamando Kelly até o altar. Ele anuncia, em tom profético, que ela seria curada do câncer novamente, e, em seguida, rasga papéis. Rapidamente, as imagens se espalharam pelas redes com interpretações equivocadas de que o adolescente teria destruído laudos médicos da mulher, causando indignação e levantando preocupações jurídicas e éticas.

Com a viralização no mundo conectado, o Conselho Tutelar interveio, limitando a atuação do jovem nas redes sociais e proibindo-o temporariamente de pregar. A repercussão também levou muitos a questionarem a veracidade da cura e se a situação configurava um caso de charlatanismo ou manipulação.

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Kelly esclarece os fatos

Na gravação publicada em suas redes, Kelly contou sua versão sobre o que aconteceu naquele culto. Segundo ela, as folhas rasgadas por Miguel não eram documentos médicos, mas papéis simbólicos nos quais estavam escritas palavras como “câncer”, “leucemia” e “filtrar sangue”. “Ele não curou nada, o que cura é Deus e a nossa fé”, afirmou.

Ela ainda relatou que enfrentou um câncer no colo do útero em 2023, e que passou por momentos muito difíceis, incluindo ficar oito meses sem conseguir andar. “Fui desenganada pelos médicos três vezes, fiz quimioterapia, perdi meus cabelos, mas continuei firme”, declarou.

Primeira visita à igreja e surpresa com o chamado

Kelly também revelou que foi à igreja de Alphaville pela primeira vez naquele dia e que sequer conhecia o pastor mirim Miguel Oliveira. “Estava sentada no fundo com minha mãe e ele me chamou dizendo que Deus já havia me curado e que curaria novamente”, contou. Segundo ela, naquele momento estava emocionalmente fragilizada, mas se sentiu acolhida e esperançosa.

Apesar da comoção, Kelly garante que continua seu tratamento contra o câncer, realizando sessões mensais de imunoterapia. “Estou bem, estou ótima”, afirmou. Ela fez questão de reforçar que, embora tenha sido tocada pelo momento de fé, jamais abandonou o acompanhamento médico.

O futuro de Miguel Oliveira

Enquanto Kelly se vê envolvida em uma situação que não esperava, o pastor mirim Miguel Oliveira vive um momento de transição. Por decisão do Conselho Tutelar, ele deve retornar às aulas presenciais e permanecer afastado das redes sociais e dos cultos por tempo indeterminado. Antes disso, Miguel vinha ganhando popularidade no mundo evangélico e já somava milhares de seguidores nas redes sociais. A situação nos leva a pensar sobre a exposição de menores em ambientes religiosos e nas redes.

Fé, cura e responsabilidade

O caso de Kelly e Miguel mostra uma questão recorrente em todo o mundo: o equilíbrio entre a fé pessoal, o papel da religião e o cuidado médico. Embora muitos acreditem em curas espirituais, especialistas alertam para os perigos de abandonar tratamentos convencionais e da influência de líderes religiosos — principalmente quando são menores de idade.

Kelly deixou claro que continua confiando na medicina, mas que sua fé foi fundamental para sua recuperação. “Eu creio que minha fé me curou”, disse. Esse tipo de crença, embora legítima para muitos, precisa vir acompanhada de responsabilidade, especialmente quando atinge milhões de pessoas nas redes sociais.

Quando fé e medicina caminham juntas

Por fim, a história de Kelly mostra que fé e ciência não precisam andar em lados opostos. Mesmo diante das incertezas e das críticas, ela reforça que está viva, em tratamento e que acredita no poder de Deus — mas sem deixar de lado os cuidados médicos.

“Eu apareci nas redes não porque queria, mas porque senti que precisava explicar a verdade”, concluiu. Sua fala trouxe luz a um caso que havia sido interpretado de maneira distorcida e reforçou a importância do discernimento, do diálogo e do respeito entre fé e saúde.

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