MUNDO
Como funciona a hierarquia tradicional da Igreja Católica?
Publicado
2 meses atrásem
Por
Thiago Martins
hierarquia tradicional da Igreja Católica: padres famosos podem se tornar Papas?
Com a morte do Papa Francisco sendo comentada por todo o mundo, surge uma dúvida comum entre os fiéis: padres brasileiros famosos como Fábio de Melo e Marcelo Rossi poderiam ser escolhidos como novos Papas?
Padres famosos brasileiros podem ser Papas?
A resposta é mais complexa do que parece e envolve toda uma hierarquia tradicional da Igreja Católica. Embora qualquer homem ao redor do mundo batizado na fé católica possa teoricamente ser eleito Papa, o processo histórico e prático costuma seguir caminhos bastante específicos. Para entender melhor, Claudiano Avelino, mestre e doutor em Filosofia, explicou como se estrutura essa escolha tão importante.
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Por que o Papa é considerado a maior autoridade da Igreja Católica?
O Papa é mais do que o líder mundial dos católicos, ele é o bispo de Roma, a cidade onde viveu e morreu São Pedro, considerado o primeiro líder dos cristãos. Segundo a hierarquia tradicional da Igreja Católica, o Papa é o sucessor direto de Pedro, carregando, assim, a missão espiritual de guiar a Igreja através dos séculos.
Essa sucessão apostólica faz com que a figura do Papa tenha enorme peso espiritual e administrativo, e seja escolhido de forma muito criteriosa, através de um processo chamado Conclave.
Como funciona o Conclave para eleger um novo Papa?
O Conclave é a reunião exclusiva do Colégio de Cardeais da Igreja Católica para eleger o novo pontífice. Atualmente, existem 252 cardeais no mundo, mas apenas aqueles com menos de 80 anos — 135 cardeais — podem participar efetivamente da eleição.
Dentre esses cardeais, sete são brasileiros, representando o nosso país na possibilidade de influenciar a escolha do novo líder da Igreja. Embora seja possível teoricamente que qualquer homem católico seja eleito Papa, na prática, o escolhido sempre vem do grupo de cardeais, que já possuem uma trajetória consolidada dentro da hierarquia da Igreja.
O caminho até se tornar cardeal
Para chegar ao posto de cardeal, a trajetória começa pela ordenação como diácono, seguida pela consagração como padre. Após anos de serviços religiosos e reconhecimento dentro da Igreja, o sacerdote pode ser nomeado bispo, e posteriormente arcebispo, caso assuma uma arquidiocese. Os cardeais são nomeados diretamente pelo Papa em exercício, geralmente escolhidos entre bispos e arcebispos mais destacados por sua dedicação pastoral, conhecimento teológico e liderança.
Portanto, padres como Fábio de Melo e Marcelo Rossi, que ainda não são bispos, estariam fora do perfil considerado pela hierarquia tradicional da Igreja Católica
para a eleição papal.
Quem tem chances reais de ser escolhido?
O padre Claudiano Avelino esclarece que, embora existam exceções teóricas, na prática, o próximo Papa será um cardeal. No Conclave, os cardeais buscam um perfil específico: alguém de fé sólida, com profundo conhecimento teológico, habilidade política e capacidade de enfrentar os desafios contemporâneos da sociedade e da própria Igreja.
E os padres famosos no Brasil?
Padres queridos e famosos como Fábio de Melo, Marcelo Rossi e Julio Lancellotti têm uma enorme influência social e espiritual no Brasil. Contudo, sem terem alcançado ainda o título de bispos ou cardeais, eles estariam distantes da lista de possíveis sucessores de Francisco.
Isso não diminui a importância de seus trabalhos religiosos, mas mostra que o caminho para chegar ao papado envolve uma hierarquia tradicional da Igreja Católica que vai muito além da popularidade pública.
O futuro da liderança católica
O futuro Papa terá a missão de enfrentar grandes desafios: lidar com a modernização da Igreja, a diminuição de fiéis em alguns continentes e a manutenção dos valores tradicionais em um mundo em constante mudança.
Padre Claudiano destaca que, acima de tudo, o novo líder deve ser alguém que consiga dialogar com diferentes culturas, promova a paz e a fé cristã, e mantenha a Igreja firme diante das adversidades.
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MUNDO
Rihanna cria filhos sem babás e gera debate online
Publicado
1 mês atrásem
12/05/2025Por
Thiago Martins
Maternidade real! Rihanna opta por criar filhos sem babás e nova gravidez ganha repercussão
Tá em alta! Rihanna cria filhos sem babás, e está grávida pela terceira vez do rapper A$AP Rocky. A diva pop voltou aos holofotes por um motivo que transcende o mundo do glamour: a decisão de não contratar babás para cuidar dos seus filhos. A revelação, feita em uma entrevista à British Vogue logo após o nascimento de seu primogênito, RZA, voltou a viralizar nas redes sociais, pois traz uma discussão muito importante sobre maternidade nos dias atuais, carga mental e escolhas parentais — principalmente entre os famosos.

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A maternidade sem filtros
Ao comentar sobre o início da maternidade, Rihanna surpreendeu o público ao relatar com sinceridade as dificuldades enfrentadas sem o suporte de profissionais. “Você é um zumbi na maior parte do tempo”, disse, descrevendo a exaustão física e emocional dos primeiros dias com o recém-nascido. A cantora destacou que ela e A$AP Rocky voltaram para casa do hospital sozinhos, com o bebê nos braços, e sem o apoio de médicos, enfermeiros ou babás.
Essa escolha causou identificação em muitas mães que, longe do luxo e dos holofotes, também enfrentam os desafios do puerpério praticamente sozinhas. O relato humanizado de Rihanna mostra que, independentemente da fama, a maternidade pode ser dura, confusa e transformadora quando se escolhe a vivenciar por completo.
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Uma escolha consciente
Rihanna cria filhos sem babás, e embora não tenha explicado todos os motivos por trás da decisão, a cantora deixou transparecer um forte desejo de viver intensamente a experiência. “Essencialmente, de uma pessoa só, me tornei duas”, disse. A cantora parece encarar a criação dos filhos como uma missão pessoal, desejando estar presente em cada etapa.
A escolha de não contratar ajuda externa também traz uma versão mais íntima e direta da maternidade, com o desejo de conexão plena com os filhos, mesmo que isso implique noites em claro e desafios diários. Ainda assim, a artista não descartou completamente a possibilidade de ajuda futura, mas evitou romantizar o processo, reconhecendo o cansaço e a insegurança envolvidos.
Circulação de declarações atribuídas a Rihanna
Rihanna cria filhos sem babás, com o anúncio da terceira gravidez, uma suposta declaração voltou a circular nas redes sociais: a de que Rihanna não teria esperado tanto tempo para ter filhos e deixá-los nas mãos de outras pessoas. A frase viralizou e dividiu opiniões, mas não há registros oficiais de que a artista tenha feito tal afirmação.
O compartilhamento de declarações não confirmadas agrava ainda mais os debates sobre maternidade e julgamento público. Alguns enxergam a atitude como admirável e corajosa, outros apontam que a escolha é pessoal e que contar com ajuda profissional não diminui o valor de ninguém como mãe.
O impacto nas redes e entre mães
A informação de que Rihanna cria filhos sem babás viralizou justamente por romper com a imagem idealizada da maternidade perfeita, especialmente quando se trata de grandes artistas. Ao expor o lado mais duro e real da experiência, ela gerou identificação e reflexão em muitas mulheres.
Nas redes sociais, mães compartilharam relatos semelhantes, falando sobre o medo, a privação de sono, a exaustão e o amor imenso que definem os primeiros meses com um bebê. A fala da cantora deu espaço para conversas sinceras sobre os bastidores da criação de filhos, longe das fotos editadas e sorrisos falsos nas redes sociais.
Maternidade em meio à fama
Apesar de ser uma das artistas mais influentes do mundo, Rihanna faz questão de manter a criação dos filhos o mais íntima possível. Os nomes e aparições dos pequenos RZA e Riot são raros, e a artista demonstra cuidado em preservar a privacidade da família. Ainda assim, ela nunca escondeu o desejo de ter uma família grande e disse que aceita com amor o que vier, seja menino ou menina.
Essa relação entre fama e maternidade é constantemente questionada pelo público, mas Rihanna parece determinada a traçar seu próprio caminho — mesmo que isso signifique abrir mão de comodidades em nome de uma vivência mais autêntica com seus filhos.
Nova gravidez e expectativas do público
Com a chegada do terceiro bebê, o público se pergunta se Rihanna manterá a mesma postura ou se, desta vez, optará por um suporte profissional. A cantora não revelou se contratou babás após o nascimento do segundo filho, Riot, o que mantém o mistério em torno de sua rotina familiar.
De toda forma, o debate levantado por sua fala segue relevante. Rihanna cria filhos sem babás e mostra que maternidade real e fama não são incompatíveis e que, por trás da superestrela, existe uma mulher vivendo, aprendendo e se doando em uma das experiências mais intensas da vida: ser mãe.
MUNDO
Papa Leão XIV: Robert Francis Prevost é o novo pontífice
Publicado
1 mês atrásem
08/05/2025Por
Thiago Martins
“Habemus Papam”: um novo líder espiritual para o mundo católico
A fumaça branca subiu no fim da tarde no Vaticano e o mundo católico celebrou: temos um novo Papa! O conclave realizado nesses últimos dois dias resultou na eleição de Papa Leão XIV, o 268º pontífice da história da Igreja. Seu nome já marca um novo capítulo: é a primeira vez em mais de um século que o nome “Leão” é escolhido, remetendo ao espírito reformador e diplomático do Papa Leão XIII.
Quem é Leão XIV?
Robert Francis Prevost, de 69 anos, é norte-americano e passou grande parte de sua carreira como missionário no Peru. Conhecido como “o cardeal de duas nacionalidades”, ele conquistou também a cidadania peruana em 2015. Até então, era relativamente desconhecido no cenário internacional.
Nomeado cardeal por Francisco em 2023, Robert Francis Prevost manteve perfil discreto, com poucas aparições públicas. Natural de Chicago, ganhou prestígio no Vaticano por sua postura conciliadora e engajamento em temas de justiça social. Foi chamado a Roma para chefiar o dicastério responsável por nomear bispos no mundo inteiro — ou seja, ajudou a moldar a liderança católica contemporânea.

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Os primeiros sinais do pontificado
Em seu primeiro discurso como Papa Leão XIV, o novo pontífice deixou claro que pretende manter o legado de Francisco. Falou sobre paz, diálogo entre os povos e empatia. “A humanidade necessita de pontes para que sejam alcançadas por Deus. Construir pontes com diálogo, para sermos um só povo sempre em paz”, afirmou.
Também expressou vontade de aproximar a Igreja dos jovens e das mulheres, com maior presença digital e participação feminina em cargos de liderança. “A Igreja precisa ser um espelho da esperança, não um eco das divisões”, disse em recente entrevista.
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O significado do nome “Leão XIV”
A escolha do nome é simbólica. Papa Leão XIII, que reinou entre 1878 e 1903, ficou conhecido por seu papel social e por publicar a encíclica Rerum Novarum, marco da doutrina social da Igreja. Ao adotar o mesmo nome, Leão XIV sinaliza uma continuidade no compromisso com os direitos dos trabalhadores e da justiça social.
Expectativas, desafios e polêmicas
O início do pontificado de Papa Leão XIV acontece em um contexto desafiador. A Igreja Católica lida com a queda no número de fiéis na Europa, escândalos envolvendo abusos, tensões globais e os efeitos das mudanças climáticas.
Prevost também enfrenta uma polêmica. Quando era bispo de Chiclayo, no Peru, foi acusado de omissão em casos de abuso sexual envolvendo padres. A diocese afirmou que ele acolheu as vítimas, abriu investigação e encaminhou os casos ao Vaticano. No entanto, em maio de 2025, surgiram novas denúncias de que US$ 150 mil teriam sido pagos a vítimas para silenciar críticas públicas. O caso está sob apuração.
Ainda assim, o novo Papa sinaliza que temas como meio ambiente, migração, pobreza e igualdade de gênero estarão no centro de seu pontificado. A expectativa é de que ele continue a modernização da cúria e fortaleça o diálogo com as novas gerações.
Repercussão mundial
Líderes religiosos e chefes de Estado ao redor do mundo comemoraram a escolha. A ONU destacou seu histórico pacifista, e representantes de outras religiões elogiaram sua postura aberta ao diálogo inter-religioso. A imprensa internacional reforçou sua imagem de firmeza e acolhimento diante dos dilemas modernos.
Um novo tempo no Vaticano
A escolha de Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV não é apenas uma transição. É um símbolo de esperança renovada, de uma Igreja mais próxima das pessoas, mais sensível aos dilemas da sociedade e disposta ao diálogo com todos os setores sociais.
Inspirado por Leão XIII, o novo pontífice assume com carisma, experiência pastoral e um olhar voltado para o futuro. Papa Leão XIV chega como uma nova voz no Vaticano — e como o respiro de renovação que muitos esperavam.
MUNDO
Cotas raciais em concursos públicos sobem para 30%: veja o que muda com a nova lei
Publicado
1 mês atrásem
08/05/2025Por
Thiago Martins
🗳️ O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (7) um marco histórico na política de inclusão racial no Brasil: o aumento das cotas raciais em concursos públicos de 20% para 30%. A medida amplia os direitos de pretos, pardos, indígenas e quilombolas, e agora segue para sanção presidencial.
A proposta, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), atualiza a Lei 12.990/2014, que até então reservava 20% das vagas para candidatos negros em concursos federais. O novo texto também inclui formalmente grupos antes excluídos da legislação, como indígenas e quilombolas, fortalecendo o alcance das ações afirmativas.

aumento das cotas raciais em concursos
Cotas raciais sobem de 20% para 30%: o que isso significa
A nova legislação determina que 30% das vagas em concursos públicos federais sejam reservadas a candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Essa mudança se aplica a todos os órgãos da administração pública federal, além de autarquias, fundações e empresas públicas.
O aumento das cotas raciais em concursos públicos é um passo direto na promoção da equidade racial, e visa tornar o funcionalismo mais representativo da diversidade populacional brasileira.
Inclusão de indígenas e quilombolas nas cotas
Um dos pontos de maior avanço do novo projeto é a inclusão explícita de povos indígenas e quilombolas entre os beneficiários das cotas. Antes, esses grupos não eram mencionados formalmente na legislação, mesmo enfrentando sérias desigualdades sociais.
Agora, a nova redação corrige essa omissão e reconhece a necessidade de reparação histórica, oferecendo mais oportunidades de acesso a cargos públicos para populações tradicionalmente marginalizadas.
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Revisão obrigatória da lei a cada 10 anos
A legislação atualizada prevê uma revisão obrigatória das cotas a cada 10 anos. Segundo o relator Humberto Costa (PT-PE), isso permitirá que o Congresso Nacional avalie a efetividade da lei com base em dados e resultados.
O objetivo é garantir que as ações afirmativas evoluam de acordo com as mudanças sociais e que os impactos positivos sejam mensurados com realismo. Essa cláusula também responde a críticas que pedem acompanhamento mais rigoroso das políticas públicas.
Cotas não excluem disputa na ampla concorrência
Importante lembrar que candidatos que se inscrevem pelas cotas raciais também concorrem às vagas da ampla concorrência. Ou seja, se obtiverem nota suficiente, podem ser aprovados por mérito nas vagas gerais, preservando o princípio da igualdade de condições.
O sistema de cotas é um mecanismo de inclusão, e não de privilégio, como muitos erroneamente apontam. Ele visa corrigir desigualdades estruturais, sem impedir a competição justa.
Impactos esperados: mais diversidade no serviço público
A ampliação das cotas raciais deve gerar impactos significativos. Segundo o IBGE, embora mais da metade da população brasileira se declare negra ou parda, essa maioria ainda é minoria nos cargos públicos de alto prestígio.
O aumento das cotas raciais em concursos públicos federais deve estimular a entrada de mais pessoas negras, indígenas e quilombolas em posições de liderança, promovendo representatividade e inclusão real.
Essa medida também se alinha aos compromissos do Brasil com os direitos humanos e a equidade racial em nível internacional.
Próximos passos: sanção presidencial e entrada em vigor
Com a aprovação no Senado, o projeto agora vai para a sanção do Presidente da República. A expectativa é de rápida assinatura, já que a proposta passou com ampla maioria nas duas casas do Congresso.
Assim que sancionada, a nova lei terá validade de 10 anos. Será mais um capítulo importante na consolidação das cotas como política de reparação histórica — e um modelo de inspiração para outros países que enfrentam desigualdades raciais e estruturais o aumento das cotas raciais em concursos.

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