Cardeal brasileiro Leonardo Steiner é apontado como um dos favoritos à sucessão do Papa Francisco
Com a recente morte do Papa Francisco, aos 88 anos, vítima de um AVC, os olhos do mundo católico se voltam para o próximo Conclave, que acontecerá na próxima semana, reunindo 133 cardeais de diferentes partes do mundo. Entre os nomes cotados para liderar a Igreja Católica, temos um cardeal brasileiro favorito a Papa: Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, que vem sendo apontado por veículos como a agência Reuters como um dos favoritos à sucessão papal.
Dom Leonardo, de 74 anos, vem ganhando prestígio dentro do Vaticano por sua atuação voltada à justiça social, defesa da Amazônia e forte alinhamento com os valores promovidos por Francisco. Ele representa não só o Brasil, mas também a importância crescente das chamadas “periferias do mundo” no cenário católico global.
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Da Amazônia ao Vaticano: a trajetória de Dom Leonardo Steiner
Nascido em Forquilhinha, Santa Catarina, Dom Leonardo ingressou na vida religiosa em 1976 pela Ordem dos Frades Menores. Dois anos depois, foi ordenado padre. Seu percurso acadêmico e teológico é robusto: ele é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, além de ser bacharel em Filosofia e Pedagogia e formado em Teologia.
Ao longo das últimas décadas, Dom Leonardo acumulou cargos relevantes dentro da Igreja. Foi nomeado bispo por João Paulo II em 2005, atuou como secretário-geral da CNBB por dois mandatos e foi bispo auxiliar de Brasília, indicado por Bento XVI. Em 2022, foi nomeado cardeal por Papa Francisco, tornando-se o primeiro da região amazônica.
O simbolismo de um Papa vindo da Amazônia
A nomeação de Dom Leonardo como cardeal foi interpretada como um gesto claro de Papa Francisco à importância da Amazônia e das periferias globais. O próprio Steiner celebrou a escolha como uma vitória para a região: “É uma alegria ter um cardeal na Amazônia, que não ficou esquecida pelo Papa”, declarou na ocasião.
Em suas falas públicas, o cardeal brasileiro favorito a Papa destaca constantemente a necessidade de uma Igreja viva, missionária e próxima dos pobres. Seu perfil é coerente com a visão de uma Igreja mais inclusiva e voltada às causas sociais e ambientais ao redor do mundo, aspectos que marcaram o pontificado de Francisco.
Perfil progressista e preocupação ambiental o aproximam do legado de Francisco
A preocupação com a ecologia integral e a justiça social são marcas registradas da atuação de Dom Leonardo Steiner. Ele defende o diálogo inter-religioso, a tolerância, a inclusão de povos indígenas e uma postura pastoral voltada para o cuidado com a criação — todos pontos que também foram prioritários no pontificado de Francisco.
Esse alinhamento fortalece o nome do cardeal brasileiro favorito a Papa diante dos cardeais eleitores, que costumam buscar continuidade nas transições de liderança papal, especialmente quando o pontífice anterior foi bem aceito entre os fiéis.
Outros nomes brasileiros também são cogitados ao papado
Além de Dom Leonardo, outro brasileiro citado entre os possíveis candidatos é Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador. Natural de Dobrada, no interior de São Paulo, Dom Sérgio foi nomeado para a capital baiana em 2020 e é reconhecido por sua atuação pastoral e formação acadêmica sólida.
Mestre em Teologia Moral e com experiência como professor universitário, Dom Sérgio também já ocupou cargos de destaque na CNBB e goza de prestígio dentro e fora do Brasil. Ainda assim, a força simbólica da representatividade amazônica torna Steiner uma figura de maior visibilidade neste momento histórico para o mundo religioso.
O que esperar do próximo Conclave
A reunião do Colégio Cardinalício promete ser uma das mais relevantes dos últimos tempos. A sucessão de Francisco ocorre em um cenário global repleto de desafios: desigualdade, conflitos, mudanças climáticas e a necessidade de reconectar a fé com os jovens.
A possível escolha de Dom Leonardo Steiner como novo Papa representaria um marco importante para a América Latina e, em especial, para a Amazônia. Além disso, traria para o centro da Igreja uma voz que representa os desafios contemporâneos da humanidade com um olhar franciscano: humilde, acolhedor e sensível às dores do mundo.
Se eleito, o cardeal brasileiro favorito a Papa poderá dar continuidade a um projeto de Igreja mais missionária, próxima dos marginalizados e preocupada com o futuro do planeta — um sinal poderoso de que o Vaticano segue em transformação, sem esquecer suas raízes e responsabilidades globais.