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O que acontece caso atletas profissionais realizem apostas?

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O que acontece caso atletas profissionais realizem apostas? Veja o que diz a lei brasileira

 

Tá em alta! Com o crescimento do mercado de apostas nos esportes, casos de manipulação de resultados ganharam espaço nas manchetes e acenderam um alerta em todo o meio esportivo. O caso recente envolvendo Bruno Henrique, atacante do Flamengo, indiciado pela Polícia Federal, trouxe à tona uma questão que muitos torcedores ainda não entendem bem: afinal, é permitido que atletas profissionais realizem apostas? Para esclarecer esse tema, o advogado Cristiano Caús, especialista em direito desportivo e sócio do CCLA Advogados, explicou os principais pontos da legislação vigente.

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Quais leis regulamentam as apostas e manipulações de resultados?

 

Atualmente, duas leis brasileiras abordam a questão das apostas esportivas e da manipulação de resultados: a Lei Geral do Esporte (2023) e a Lei das Apostas de Cota Fixa, conhecida como “Lei das Bets” (2023). Embora tratem do assunto de maneiras diferentes, ambas têm o objetivo de combater fraudes e proteger a integridade no mundo dos esportes. Enquanto a Lei das Bets regula a atividade de apostas e impõe restrições a quem pode participar, a Lei Geral do Esporte define as punições criminais para casos de manipulação de eventos esportivos.

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Jogador de futebol pode fazer apostas esportivas?

 

A resposta é clara e direta: não. Segundo Cristiano Caús, a legislação brasileira proíbe expressamente que atletas profissionais realizem apostas esportivas, seja de forma direta ou indireta. A Lei das Bets determina que jogadores registrados em federações esportivas oficiais não podem apostar nem permitir que terceiros, como amigos ou familiares, façam apostas em seu nome. Essa restrição é reforçada também por regulamentações internacionais, como o Código de Ética da FIFA, que veta qualquer envolvimento de atletas em apostas esportivas, independente da modalidade.

 

Quais punições atletas podem sofrer caso descumpram a lei?

 

Caso atletas profissionais realizem apostas e sejam flagrados, as consequências podem ser severas. Conforme explica Cristiano Caús, a Lei das Bets prevê punições administrativas, como multas que podem variar de R$ 50 mil a até R$ 2 bilhões, além de suspensão das atividades profissionais por até 180 dias. Se houver comprovação de manipulação de resultados, entra em cena a Lei Geral do Esporte, que impõe penas criminais, como reclusão de dois a seis anos, além de multas estabelecidas no Código de Justiça Desportiva, que podem chegar a R$ 100 mil.

 

Essas punições têm o objetivo de preservar a credibilidade dos esportes, desencorajando qualquer tentativa de interferência externa nos resultados das competições.

 

Qual é a situação de Bruno Henrique no caso recente?

 

O caso de Bruno Henrique é um exemplo emblemático dessa nova realidade. De acordo com Caús, se o atleta for considerado culpado, poderá enfrentar tanto sanções criminais quanto desportivas. As penalidades incluem reclusão de até seis anos e suspensão do futebol por um período entre 360 a 720 dias. O atacante é acusado de ter forçado um cartão amarelo durante uma partida, beneficiando familiares em apostas realizadas com informações privilegiadas. Se confirmada a infração, além dos danos à sua imagem, o jogador poderá sofrer pesadas consequências em sua carreira.

 

A legislação atual é suficiente para combater a manipulação esportiva?

 

Apesar das leis brasileiras serem consideradas robustas por especialistas, Cristiano Caús ressalta que ainda falta uma peça fundamental: a educação dos atletas. Segundo o advogado, quando as apostas começaram a se popularizar no Brasil, não houve uma campanha de conscientização eficaz voltada aos profissionais do esporte. Isso permite que muitos atletas profissionais realizem apostas sem o devido preparo, podem ter sido alvos fáceis de influências externas, sejam de amigos, familiares ou agentes.

 

Educação preventiva: um caminho para proteger o esporte

 

A conscientização e a formação de atletas sobre os perigos das apostas esportivas são vistas como medidas indispensáveis para proteger o futebol e outros esportes. Iniciativas educativas, campanhas de sensibilização e o fortalecimento dos departamentos de compliance dentro dos clubes podem ajudar a reduzir as vulnerabilidades e garantir um ambiente esportivo mais ético e íntegro.

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Esportes

Larissa Ferrari acusa Dimitri Payet de práticas abusivas

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Larissa Ferrari acusa Dimitri Payet de pressão psicológica e práticas não consentidas

 

Tá em alta! O caso envolvendo uma figura conhecida no mundo dos esportes tem gerado grande repercussão nos últimos dias. Larissa Ferrari acusa Dimitri Payet e afirma ter sofrido pressões psicológicas e participado de práticas íntimas que não foram consentidas plenamente, durante seu relacionamento extraconjugal com o jogador do Vasco da Gama. Em entrevista ao portal Lance!, Larissa detalhou como o envolvimento, que inicialmente parecia consensual, evoluiu para situações de medo e constrangimento.

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Início do relacionamento e o surgimento dos primeiros abusos

 

Segundo Larissa Ferrari, os problemas começaram a surgir no início de 2025, após o retorno de Dimitri Payet da França. O comportamento do atleta mudou e passou a envolver práticas que, de acordo com ela, ultrapassavam o limite do consenso. “Foi quando ele começou a falar em punições, e as interações passaram a ser mais agressivas, a ponto de deixarem marcas no meu corpo”, relatou.

 

A advogada afirmou que, até então, as práticas eram mais intensas, mas sem consequências físicas. A situação, no entanto, agravou-se rapidamente, levando-a a sofrer lesões visíveis, fato que chamou a atenção de amigos e familiares.

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Larissa relata medo e coação emocional

 

Larissa Ferrari acusa Dimitri Payet, e explica em seu depoimento que aceitou participar de práticas desconfortáveis devido ao medo de perder Payet. Diagnosticada com transtorno de personalidade borderline, ela afirmou sentir uma dependência emocional intensa. “Eu me sentia coagida o tempo todo. Mesmo quando não queria beber, acabava cedendo à pressão para agradá-lo”, explicou.

 

Entre as situações relatadas, Larissa mencionou o episódio em que foi pressionada a realizar atos envolvendo urina, sob o pretexto de demonstrar amor e lealdade após uma crise de ciúmes envolvendo outra pessoa no meio dos esportes, Paulinho, do Palmeiras.

 

Contestação das alegações de Dimitri Payet

 

Payet, em sua defesa, nega qualquer tipo de agressão física ou psicológica. Em depoimento ao Juizado de Violência Doméstica da Barra da Tijuca, o jogador alegou que todas as práticas foram consentidas e que Larissa teria solicitado algumas delas.

Sua equipe jurídica defendeu que os registros de mensagens apresentados por Larissa foram manipulados para alterar a narrativa dos fatos.

 

Larissa Ferrari afirma não ter interesse financeiro

 

Em resposta às especulações de que Larissa Ferrari acusa Dimitri Payet apenas para buscar um acordo financeiro, como já ocorreram casos semelhantes no universo dos esportes, a advogada foi enfática ao declarar que seu objetivo é apenas fazer justiça. Ela não tentou qualquer tipo de acordo extrajudicial e apresentou provas diretamente às autoridades.

 

“Não consigo retomar minha rotina, não consegui voltar ao Rio de Janeiro. Ainda me sinto uma vítima e luto diariamente para superar o que vivi”, afirmou, mencionando que atualmente depende de medicações e apoio psicológico oferecido pelo CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

 

Pedido de medidas protetivas e a espera por segurança

 

Larissa Ferrari acusa Dimitri Payet e revela que está aguardando a concessão de medidas protetivas, incluindo a autorização para utilizar um botão do pânico — dispositivo que facilita o acionamento rápido da polícia em caso de emergência. O objetivo é garantir mais segurança e tranquilidade para seguir com sua vida após os traumas sofridos.

 

“Ter o botão do pânico me daria a tranquilidade de saber que posso contar com a ajuda imediata da polícia em qualquer lugar que eu esteja”, disse Larissa, destacando o medo constante que ainda sente.

 

Posição do Vasco da Gama e andamento do caso

 

O Vasco da Gama, clube no qual Dimitri Payet atua, divulgou uma nota oficial esclarecendo que ainda não foi notificado formalmente sobre o caso. A instituição destacou que o jogador já prestou depoimento às autoridades e que está colaborando com as investigações.

 

Enquanto isso, o caso segue em apuração no âmbito do Judiciário, com as partes aguardando os próximos passos do processo. A sociedade acompanha com atenção os desdobramentos, uma vez que o caso envolve não apenas uma figura pública conhecida no meio dos esportes, mas também temas sensíveis como abuso psicológico, consentimento e direitos das mulheres.

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Esportes

Saúde mental no futebol: desafios, pressão e soluções

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Saúde mental no futebol: como enfrentar a pressão e romper tabus no esporte

 

No universo dos esportes, onde a busca incessante por resultados e a exposição pública são diárias, a saúde mental dos atletas e treinadores é colocada à prova constantemente. Recentemente, episódios envolvendo grandes nomes do futebol, como o técnico Tite, trouxeram à tona o debate sobre a necessidade urgente de cuidado emocional dentro dos clubes. Especialistas em psicologia do esporte nos ajudam a entender os principais desafios e caminhos para uma mudança estrutural dentro da saúde mental no futebol brasileiro.

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Pressão e exposição: uma combinação nociva

 

O futebol profissional é um ambiente de extrema pressão, onde a vitória é celebrada e o fracasso amplamente criticado. Segundo o psicólogo esportivo Prof. Dr. João Ricardo Cozac, a cobrança excessiva e a exposição midiática contínua são fatores que podem comprometer gravemente o equilíbrio emocional dos profissionais. Ele aponta que casos como o de Tite, que após comandar a Seleção Brasileira em duas Copas do Mundo decidiu recusar propostas imediatas, evidenciam o tamanho do desgaste mental enfrentado. “É um ambiente que cobra excelência diária, mas oferece pouco espaço para o processamento das frustrações profundas”, afirma.

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A violência digital e seus impactos emocionais

 

Além da pressão presencial, a violência digital emerge como um novo e preocupante fator de agravamento para a saúde mental no futebol. Matheus Vasconcelos, vice-presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, destaca que a hostilidade nas redes sociais, como ameaças e discursos de ódio, afeta profundamente o bem-estar desses profissionais. Relatórios recentes da FIFPRO alertam para a necessidade de estratégias institucionais de acolhimento e proteção contra essas agressões online, reforçando a urgência de ambientes mais seguros para o desenvolvimento humano no meio dos esportes.

 

A importância da prevenção e acolhimento nas instituições

 

Para transformar o cenário, os especialistas defendem que o suporte psicológico nos esportes vá além de ações pontuais. Cozac enfatiza que o diálogo e a empatia precisam se consolidar como práticas reais, com espaços contínuos de escuta, rodas de conversa e programas educativos conduzidos por psicólogos do esporte. Vasconcelos complementa sugerindo a criação de departamentos estruturados de psicologia, capazes de oferecer apoio regular, monitorar o risco de burnout e promover a saúde mental como parte integrante da formação esportiva.

 

Educação emocional desde a base

 

Historicamente, a saúde mental no futebol sempre foi deixada de escanteio, pois a sociedade cultivou a ideia de que demonstrar fragilidade é sinal de fraqueza. Essa visão equivocada ainda persiste em muitos clubes, mas começa a ser desconstruída. Cozac defende que a educação emocional precisa ser iniciada nas categorias de base, para que atletas cresçam reconhecendo seus sentimentos e sabendo buscar ajuda. Vasconcelos concorda e reforça que, embora o tabu tenha diminuído, a cultura institucional ainda apresenta resistências, indicando a necessidade de mudanças mais profundas para garantir que o cuidado psicológico seja naturalizado no ambiente esportivo.

 

A importância do suporte psicológico imediato

 

Diante de situações críticas no mundo dos esportes, como a recente decisão de Tite, o suporte psicológico emergencial se mostra fundamental. Cozac explica que a intervenção rápida ajuda o profissional a reconhecer sinais de esgotamento e legitima a necessidade de pausas estratégicas para preservar sua saúde. Vasconcelos acrescenta que esse suporte oferece um espaço protegido para lidar com narrativas de fracasso e autocobrança, fortalecendo a performance de forma saudável e sustentável.

 

Programas contínuos de saúde mental do início ao auge da carreira

 

Por fim, os especialistas reforçam que o cuidado da saúde mental no futebol deve ser estruturado de forma contínua, não apenas em momentos de crise. Cozac defende a integração dos psicólogos na rotina diária dos clubes, acompanhando o elenco durante toda a temporada e construindo protocolos sólidos de prevenção. Vasconcelos apresenta modelos de atuação possíveis, como departamentos específicos de psicologia ou redes de apoio externas, que podem atuar em conjunto para garantir um suporte abrangente, desde as categorias de base até o futebol profissional.

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Esportes

Família de Tite revela bastidores da recusa ao Corinthians

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Tá em alta! O retorno de Tite ao Corinthians parecia apenas uma questão de tempo mas a recusa de Tite ao Corinthians. Segundo Fernanda Bachi, nora do técnico, a família já estava com “malas prontas” para a mudança para São Paulo. 

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Fernanda Bachi afirma que mudança para São Paulo já estava encaminhada

 

A expectativa era alta: o comandante da histórica conquista da Libertadores e do Mundial de 2012 estava prestes a reassumir o clube que marcou sua carreira nos esportes. Porém, tudo mudou em poucas horas, com a recusa de Tite ao Corinthians.

 

“A família estava com a mala pronta para se mudar para São Paulo. Estava tudo certo, hoje, 8h da manhã, pronto para sair de casa e recebo a notícia que ele teve um problema sério de saúde. E acatamos. Um ídolo, tem história, está no mercado e o nosso papel é procurar para ele construir uma nova história conosco. A gente até mudou o treino para tarde porque imaginávamos que ele poderia treinar o time. Caiu como uma bomba”, disse o presidente do Corinthians em entrevista ao Flow Podcast.

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Decisão de última hora foi motivada por crise de ansiedade

 

Durante a madrugada anterior à assinatura do contrato, Tite sofreu uma crise de ansiedade. O episódio preocupou seus familiares e foi decisivo para que o treinador optasse por recusar a proposta do Corinthians. Em um gesto de autocuidado, o técnico entendeu que não era o momento ideal para assumir novos compromissos no meio dos esportes.

 

A nora do treinador, Fernanda, usou suas redes sociais para desabafar e revelar que a família já se preparava para o retorno à capital paulista. “A gente estava pronto. Empolgado. Com o coração aberto. Mas a saúde vem primeiro. Sempre”, escreveu.

 

Matheus Bachi também estava entusiasmado com o projeto

 

Matheus Bachi, filho de Tite e auxiliar técnico, também demonstrava entusiasmo com a possibilidade de retornar ao clube paulista. Ambos estavam envolvidos nas negociações e acreditavam que poderiam contribuir para um novo momento do Corinthians.

 

A recusa de Tite ao Corinthians, portanto, não foi simples. Foi uma decisão familiar, pensada e tomada com base no bem-estar emocional de Tite, que já declarou publicamente o impacto que o mundo dos esportes pode causar em sua saúde pessoal.

 

Corinthians confirma fim das negociações com Tite

 

Em nota oficial divulgada na manhã desta terça-feira (22), o Corinthians anunciou o encerramento das negociações com o treinador. O clube agradeceu pelo interesse e desejou pronta recuperação ao técnico, destacando seu legado como campeão da América e do Mundo.

 

“O treinador era esperado para assinar o contrato e iniciar os trabalhos nesta terça. Porém, por uma decisão pessoal, Tite resolveu pausar momentaneamente sua carreira para cuidar da saúde física e mental”, diz o comunicado.

 

Torcida se divide entre compreensão e frustração

 

Nas redes sociais, a notícia gerou reações diversas entre os torcedores. Enquanto muitos expressaram apoio à decisão da recusa de Tite ao Corinthians, reconhecendo a importância de priorizar a saúde mental, outros demonstraram frustração pela perda de uma oportunidade de reerguer o time com um nome de peso nos esportes.

 

A identificação do treinador com o clube é enorme, o que torna a ausência ainda mais sentida por parte da torcida. Ainda assim, a maioria das mensagens desejava força e respeito à escolha de pausar a carreira.

 

Dorival Júnior surge como possível substituto no Timão

 

Com a recusa de Tite ao Corinthians, o time agora volta suas atenções para o mercado. O nome de Dorival Júnior, ex-treinador da Seleção Brasileira, aparece como favorito para assumir o comando da equipe. O diretor-executivo de futebol, Fabinho Soldado, já se encontra em Florianópolis para conversar com o técnico.

 

A diretoria corre contra o tempo para definir um novo comandante e estabilizar o ambiente interno do clube, especialmente após a saída recente da comissão liderada por António Oliveira e a breve passagem de Ramón Díaz.

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