Bolsonaro se revolta após ser intimado na UTI: “É uma covardia”
Internado há mais de uma semana na Unidade de Terapia Intensiva do hospital DF Star, em Brasília, Jair Bolsonaro intimado viveu uma cena tensa nesta quarta-feira (23/4), ao receber uma visita inesperada.
Bolsonaro é notificado judicialmente enquanto segue internado
Mesmo hospitalizado, o ex-presidente foi oficialmente intimado por uma oficial de Justiça em nome do Supremo Tribunal Federal (STF), no processo que investiga sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado.
A visita da representante judicial provocou um pico de pressão em Bolsonaro, que demonstrou forte indignação com a situação. “É uma covardia o que estão fazendo comigo”, afirmou visivelmente abalado.
“Levei uma facada e carrego sequelas até hoje”, desabafa Bolsonaro
Ao ser abordado pela oficial, Jair Bolsonaro intimado questionou a presença dela em meio a um ambiente hospitalar e relembrou o atentado que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral. “A senhora tem ciência de que está dentro de uma sala de UTI no hospital?”, perguntou, antes de desabafar sobre sua saúde frágil: “Levei uma facada há sete anos e tenho problema até hoje”.
Em 6 de setembro de 2018, durante sua campanha presidencial, o político participava de uma caminhada pela movimentada rua Halfeld, uma das principais vias do centro urbano, quando foi brutalmente atacado. Bolsonaro era carregado nos ombros por apoiadores, cumprimentando o público. Foi nesse instante de exposição e euforia popular que um homem se aproximou e desferiu um golpe de faca contra o então candidato. O ataque, rápido e inesperado, atingiu o abdômen de Bolsonaro, que imediatamente foi retirado do local por sua equipe.
Tal ocorrido ganhou repercussão em várias partes do mundo, e o ex-presidente tem utilizado essa justificativa para ressaltar o agravamento de seu estado clínico, criticando o momento escolhido para a entrega da intimação.
Reação intensa: críticas ao STF e ao governo
Durante o episódio, Bolsonaro usou o tempo da visita judicial para emitir críticas contundentes ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, e ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um discurso de cerca de 11 minutos, ele se defendeu das acusações e ironizou a narrativa de tentativa de golpe: “Tentativa de golpe? Sem arma, sem tropa, sem liderança, sem dinheiro”.
O ex-presidente ainda acusou o Judiciário de cometer um crime contra a democracia brasileira e afirmou estar sendo vítima de perseguição no mundo da política.
Defesa já pode ser apresentada após intimação
Mesmo diante da tensão, Jair Bolsonaro intimado assinou a intimação ao final da visita, marcando o início oficial do prazo para a apresentação de sua defesa no processo. O ato jurídico abre uma nova etapa na investigação conduzida pelo STF sobre a tentativa de impedir a posse de Lula em 2023.
A defesa do ex-presidente tem reiterado que ele jamais teve intenção de promover qualquer ruptura institucional e que todas as ações atribuídas a ele são interpretações distorcidas.
Ex-comandantes das Forças Armadas confirmaram abordagem
As investigações do STF apontam que Bolsonaro teria apresentado uma minuta de decreto aos comandantes do Exército e da Aeronáutica, na tentativa de anular o resultado das eleições de 2022. Os depoimentos dos militares Freire Gomes (Exército) e Baptista Junior (Aeronáutica) confirmaram que a proposta existiu, e que foi prontamente rejeitada por eles.
A negativa dos comandantes foi considerada crucial para impedir qualquer movimento de ruptura institucional, o que fortalece o caso na visão dos investigadores e do mundo.
Bolsonaro e mais sete viram réus no processo do golpe
Em decisão unânime, a Primeira Turma do STF aceitou, no mês passado, a denúncia contra Jair Bolsonaro intimado e outros sete envolvidos no inquérito. O tribunal considera que há indícios suficientes para investigá-los formalmente por tentativa de golpe.
O processo segue em tramitação, e a nova etapa será a apresentação das defesas. Enquanto isso, Bolsonaro, ainda em tratamento na UTI, tenta se recuperar da piora em sua saúde ao mesmo tempo em que enfrenta o momento mais delicado de sua carreira no mundo político.
hierarquia tradicional da Igreja Católica: padres famosos podem se tornar Papas?
Com a morte do Papa Francisco sendo comentada por todo o mundo, surge uma dúvida comum entre os fiéis: padres brasileiros famosos como Fábio de Melo e Marcelo Rossi poderiam ser escolhidos como novos Papas?
Padres famosos brasileiros podem ser Papas?
A resposta é mais complexa do que parece e envolve toda uma hierarquia tradicional da Igreja Católica. Embora qualquer homem ao redor do mundo batizado na fé católica possa teoricamente ser eleito Papa, o processo histórico e prático costuma seguir caminhos bastante específicos. Para entender melhor, Claudiano Avelino, mestre e doutor em Filosofia, explicou como se estrutura essa escolha tão importante.
Por que o Papa é considerado a maior autoridade da Igreja Católica?
O Papa é mais do que o líder mundial dos católicos, ele é o bispo de Roma, a cidade onde viveu e morreu São Pedro, considerado o primeiro líder dos cristãos. Segundo a hierarquia tradicional da Igreja Católica, o Papa é o sucessor direto de Pedro, carregando, assim, a missão espiritual de guiar a Igreja através dos séculos.
Essa sucessão apostólica faz com que a figura do Papa tenha enorme peso espiritual e administrativo, e seja escolhido de forma muito criteriosa, através de um processo chamado Conclave.
Como funciona o Conclave para eleger um novo Papa?
O Conclave é a reunião exclusiva do Colégio de Cardeais da Igreja Católica para eleger o novo pontífice. Atualmente, existem 252 cardeais no mundo, mas apenas aqueles com menos de 80 anos — 135 cardeais — podem participar efetivamente da eleição.
Dentre esses cardeais, sete são brasileiros, representando o nosso país na possibilidade de influenciar a escolha do novo líder da Igreja. Embora seja possível teoricamente que qualquer homem católico seja eleito Papa, na prática, o escolhido sempre vem do grupo de cardeais, que já possuem uma trajetória consolidada dentro da hierarquia da Igreja.
O caminho até se tornar cardeal
Para chegar ao posto de cardeal, a trajetória começa pela ordenação como diácono, seguida pela consagração como padre. Após anos de serviços religiosos e reconhecimento dentro da Igreja, o sacerdote pode ser nomeado bispo, e posteriormente arcebispo, caso assuma uma arquidiocese. Os cardeais são nomeados diretamente pelo Papa em exercício, geralmente escolhidos entre bispos e arcebispos mais destacados por sua dedicação pastoral, conhecimento teológico e liderança.
Portanto, padres como Fábio de Melo e Marcelo Rossi, que ainda não são bispos, estariam fora do perfil considerado pela hierarquia tradicional da Igreja Católica
para a eleição papal.
Quem tem chances reais de ser escolhido?
O padre Claudiano Avelino esclarece que, embora existam exceções teóricas, na prática, o próximo Papa será um cardeal. No Conclave, os cardeais buscam um perfil específico: alguém de fé sólida, com profundo conhecimento teológico, habilidade política e capacidade de enfrentar os desafios contemporâneos da sociedade e da própria Igreja.
E os padres famosos no Brasil?
Padres queridos e famosos como Fábio de Melo, Marcelo Rossi e Julio Lancellotti têm uma enorme influência social e espiritual no Brasil. Contudo, sem terem alcançado ainda o título de bispos ou cardeais, eles estariam distantes da lista de possíveis sucessores de Francisco.
Isso não diminui a importância de seus trabalhos religiosos, mas mostra que o caminho para chegar ao papado envolve uma hierarquia tradicional da Igreja Católica que vai muito além da popularidade pública.
O futuro da liderança católica
O futuro Papa terá a missão de enfrentar grandes desafios: lidar com a modernização da Igreja, a diminuição de fiéis em alguns continentes e a manutenção dos valores tradicionais em um mundo em constante mudança.
Padre Claudiano destaca que, acima de tudo, o novo líder deve ser alguém que consiga dialogar com diferentes culturas, promova a paz e a fé cristã, e mantenha a Igreja firme diante das adversidades.
Jovem sofre AVC após infecção por bactéria ao roer as unhas
O relato do influenciador Mario Colomina sobre roer unhas, acendeu um importante alerta para todo o mundo nas redes sociais: o simples hábito de roer as unhas pode trazer sérias consequências para a saúde. Mario revelou que desenvolveu uma infecção grave causada pela bactéria Staphylococcus aureus, o que resultou em insuficiência cardíaca e, posteriormente, em um acidente vascular cerebral (AVC). Seu depoimento sensibilizou milhares de pessoas e reforçou a necessidade de atenção aos pequenos hábitos diários que podem colocar a vida de qualquer pessoa em risco. Você sabia que é possível sofrer um AVC após roer unhas?
Infecção silenciosa: como tudo começou
A história de Mario Colomina teve início há cerca de 10 anos, mas só recentemente viralizou ao redor do mundo, após a notícia do jovem que sofreu um AVC após roer as unhas. Segundo ele, tudo começou de forma discreta, com sintomas parecidos com uma gripe comum: febre, mal-estar e cansaço. Porém, o quadro rapidamente se agravou, culminando em algo inesperado: a perda de movimento na perna esquerda.
Sem saber a gravidade do problema, Mario procurou atendimento médico e, após uma bateria de exames, foi constatada a presença da bactéria Staphylococcus aureus instalada na válvula mitral do coração. Esse tipo de bactéria pode ser mortal, principalmente quando atinge órgãos vitais.
A Staphylococcus aureus é uma bactéria extremamente perigosa que pode entrar no organismo por cortes, feridas abertas ou, como no caso de Mario, através da pele danificada pelo hábito de roer as unhas. Uma vez dentro do corpo, ela se prolifera rapidamente, provocando infecções graves que podem afetar o sangue, pulmões, coração e outros órgãos.
Entre os principais sintomas de uma infecção por Staphylococcus aureus estão febre alta, dores locais, formação de pus, inchaço e, em casos avançados, choque séptico. A bactéria também pode ser adquirida através da ingestão de alimentos contaminados, o que aumenta ainda mais a necessidade de cuidados de higiene.
As graves consequências para a saúde de Mario Colomina
No caso do jovem que sofreu um AVC após roer as unhas, a infecção não ficou restrita ao coração. A bactéria se espalhou pela corrente sanguínea, provocando embolias em diversas partes do corpo, como cérebro, rins e baço. A consequência mais grave foi o AVC, que comprometeu temporariamente sua mobilidade.
Para conter a infecção, Mario precisou passar por uma cirurgia de emergência para substituir a válvula mitral do coração. A operação e o tratamento intensivo foram essenciais para salvar sua vida, mas as sequelas físicas e emocionais do episódio continuam sendo um desafio em sua jornada.
A importância do diagnóstico precoce
O caso de Mario Colomina, que sofreu um AVC após roer as unhas, reforça a importância do diagnóstico rápido em situações de infecção. Muitas vezes, sintomas iniciais como febre e cansaço são negligenciados, o que pode permitir que infecções graves avancem silenciosamente.
Além disso, o hábito de roer unhas é frequentemente encarado como algo inofensivo, principalmente no mundo das crianças e adolescentes, mas pode abrir portas para a entrada de diversas bactérias nocivas. Pequenos ferimentos ao redor das unhas são o ambiente perfeito para a proliferação de germes.
O alerta de Mario e a luta para abandonar o vício
Após sua recuperação, Mario Colomina fez questão de compartilhar sua experiência para alertar outras pessoas sobre os perigos do vício em roer unhas. Durante uma entrevista ao jornal espanhol “TardeAR”, ele deixou uma mensagem clara: “Se você rói as unhas, pare!”.
Apesar do alerta, o influenciador admitiu que ainda luta contra o vício, ressaltando a dificuldade de abandonar esse hábito compulsivo. Sua história é um exemplo poderoso para todo o mundo, de como atitudes aparentemente simples podem trazer consequências sérias para a saúde.
Alerta sobre economia: Banco Mundial reduz previsão de crescimento do Brasil em 2025
O Banco Mundial divulgou um novo relatório nesta quarta-feira (23/4) revisando para baixo a previsão de crescimento do Brasil em 2025, deixando alerta para diversos países ao redor do mundo.
Brasil terá crescimento mais lento em 2025, diz Banco Mundial
Segundo a instituição, o país deve registrar uma expansão econômica de apenas 1,8% no próximo ano, abaixo dos 2,2% projetados anteriormente. A revisão acontece em um momento de incerteza em todo o mundo, com juros ainda elevados em economias desenvolvidas e uma desaceleração visível nos principais parceiros comerciais do Brasil.
A instituição internacional ainda afirmou que a América Latina como um todo enfrentará o crescimento mais lento entre todas as regiões do mundo em 2025.
Contexto global pressiona economias latino-americanas
Entre os fatores que levaram à revisão e baixa previsão de crescimento do Brasil em 2025, estão o adiamento da redução das taxas de juros nos Estados Unidos e Europa, o desaceleramento da economia chinesa e o aumento de barreiras comerciais, especialmente após novas medidas tarifárias adotadas pelo governo de Donald Trump.
Essa combinação de fatores tem restringido o comércio internacional e aumentado os custos para países emergentes. O Brasil, altamente dependente de exportações de commodities, sente os impactos diretos dessas transformações no cenário global.
América Latina enfrenta cenário de estagnação econômica
O relatório também mostrou que outros países latino-americanos estão em situação semelhante ou ainda mais crítica. O México, por exemplo, teve sua previsão de crescimento para 2025 reduzida para 0%. Em contraste, a Argentina surpreendeu com uma projeção de crescimento de 5,5%, impulsionada por um novo acordo de US$ 20 bilhões com o FMI.
Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região, alertou que os países da América Latina precisarão recalibrar suas estratégias econômicas e adotar reformas ousadas para se adaptar a essa nova realidade do mundo.
Setores estratégicos e inovação são caminhos para recuperação
William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, apontou soluções possíveis para acelerar o crescimento na região e mudar a baixa previsão de crescimento do Brasil em 2025. Entre elas, estão:
Investimento em tecnologia
Diversificação dos mercados de exportação
Adoção da estratégia de near-shoring, ou seja, trazer a produção para locais mais próximos dos mercados consumidores
Segundo Maloney, essas medidas são essenciais para que o crescimento econômico volte a ganhar ritmo de forma sustentável.
Dívida pública em alta acende sinal de alerta fiscal
Outro ponto destacado pelo Banco Mundial foi o avanço da dívida pública na América Latina, que atingiu 63,3% do PIB em 2024, contra 59,4% em 2019. Esse aumento revela que os gastos dos governos continuam elevados, o que pode comprometer a sustentabilidade fiscal a médio e longo prazo.
No Brasil, o desafio fiscal permanece no centro das preocupações dos analistas no mundo da economia, especialmente diante da dificuldade em cortar despesas e ampliar receitas de forma eficiente.
Brasil tenta manter otimismo, apesar da revisão negativa
Mesmo com o relatório apontando a baixa previsão de crescimento do Brasil em 2025, outras instituições brasileiras seguem mais otimistas. O Banco Central projeta um crescimento de 1,9% em 2025, enquanto o Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, mantém a expectativa de expansão de 2,3% para o ano que vem, e de 2,5% para 2026.
Especialistas, no entanto, ponderam que a força do agronegócio pode ajudar no curto prazo, mas alertam para riscos de desaceleração futura. Com a inflação ainda pressionando o poder de compra e os juros elevados dificultando o crédito, o consumo tende a seguir contido nos próximos trimestres.